Opinião – Notícia todo dia 2f5z3x Cuiabá, Várzea Grande, Mato grosso, Brasil Wed, 14 May 2025 13:56:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.5 /wp-content/s/2019/10/cropped-favicon-32x32.png Opinião – Notícia todo dia 2f5z3x 32 32 141457937 Arborização e ibilidade 3s321z /2025/05/14/arborizacao-e-ibilidade/ /2025/05/14/arborizacao-e-ibilidade/#respond <![CDATA[noticia]]> Wed, 14 May 2025 13:55:50 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=92655 <![CDATA[
João Neto O Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe importantes dados sobre a realidade dos municípios brasileiros, incluindo os de Mato Grosso. Dentre os aspectos destacados, a necessidade de arborização e ibilidade emerge como um desafio crucial para o desenvolvimento sustentável e inclusivo dessas localidades. A arborização urbana […]]]>
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João Neto 2715n

O Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe importantes dados sobre a realidade dos municípios brasileiros, incluindo os de Mato Grosso. Dentre os aspectos destacados, a necessidade de arborização e ibilidade emerge como um desafio crucial para o desenvolvimento sustentável e inclusivo dessas localidades.

A arborização urbana é fundamental para a qualidade de vida nas cidades. Além de contribuir para a melhoria do clima local, reduzindo a temperatura e melhorando a qualidade do ar, as árvores também desempenham um papel importante na saúde mental e física da população. No entanto, muitos municípios de Mato Grosso ainda carecem de políticas eficazes de arborização, o que pode impactar negativamente a qualidade de vida de seus habitantes.

Outro ponto apresentado no Censo, é a falta de ibilidade, que é um direito fundamental que deve ser garantido a todos os cidadãos. No entanto, os dados mostram deficiências significativas na falta de infraestrutura, incluindo rampas de o para cadeirantes, árvores e postes no meio das calçadas.

ibilidade é também ter pistas sinalizadas para bicicletas, e faixas de pedestres seguras.

A falta de arborização e ibilidade nos municípios de Mato Grosso representa um desafio significativo para o desenvolvimento sustentável e inclusivo dessas localidades. Sendo necessário que os municípios, com ou sem obrigatoriedade, antecipem o planejamento de médio e longo prazo da cidade utilizando da ferramenta do PLANO DIRETOR que inclui esses dois pontos significativos no panorama geral de desenvolvimento da cidade, impactando a qualidade de vida da população, economia local, tornando-a atraente para investimentos e turismo.

O Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas de Mato Grosso (Sindarq-MT) tem um papel fundamental a desempenhar no auxílio da elaboração do Plano Diretor dos Municípios, promovendo projetos que visem melhorar a qualidade de vida da população.

João Neto é Arquiteto e Urbanista e presidente Sindarq.

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Coração de Mãe também precisa de cuidados 1m2254 /2025/05/11/coracao-de-mae-tambem-precisa-de-cuidados/ /2025/05/11/coracao-de-mae-tambem-precisa-de-cuidados/#respond <![CDATA[noticia]]> Sun, 11 May 2025 13:39:05 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=92611 <![CDATA[
Max Lima O coração de uma mãe é, talvez, a força mais silenciosamente poderosa da existência humana.
É ali que bate a esperança quando um filho adoece.
É ali que pulsa a coragem quando o medo tenta invadir.
É ali que, muitas vezes, o amor segue firme mesmo quando o mundo parece desmoronar. Mas esse coração, que bate […]]]>
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Max Lima

O coração de uma mãe é, talvez, a força mais silenciosamente poderosa da existência humana.
É ali que bate a esperança quando um filho adoece.
É ali que pulsa a coragem quando o medo tenta invadir.
É ali que, muitas vezes, o amor segue firme mesmo quando o mundo parece desmoronar. Mas esse coração, que bate por todos, nem sempre recebe o cuidado que merece.

Como cardiologista, vejo cada vez mais mães jovens infartando, desenvolvendo hipertensão, diabetes silenciosa, ansiedade crônica. Elas amam tanto… que se esquecem de si.

Os dados são claros:
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil, superando os cânceres ginecológicos.
1 em cada 3 mulheres acima de 40 anos apresenta algum grau de risco cardiovascular.
A maioria das mães vive para todos, mas se esquece de viver por si.

A boa notícia é: é possível prevenir.
Com exames simples, orientação correta e pequenas mudanças no estilo de vida, muitas dessas doenças podem ser evitadas ou controladas.

Alimentação anti-inflamatória
Sono reparador
Movimento corporal regular
Gestão do estresse
Tempo de qualidade para si
Essas ações não são vaidade. São sobrevivência.

Neste Dia das Mães…
Mais do que flores, ofereça presença.
Mais do que jantares, ofereça incentivo ao autocuidado.
E para cada mãe que me lê, deixo um lembrete direto: Ser mãe não é morrer por todos. É viver o melhor, por todos. Seu coração não precisa de mais peso.
Precisa de leveza, paz, prevenção.

Uma mensagem final:
“A natureza deu a você tudo de que precisa para enfrentar a vida.
Cuide da sua razão, da sua alma — e também do seu corpo.
A sabedoria não está em controlar o mundo, mas em cultivar sua força interior.”
— Epicteto. Neste mês das mães, que você cultive sua força — e proteja o coração que move tantas vidas.

Com iração e respeito,
Max Lima é Especialista em Clínica Médica, Especialista em Cardiologia e Especialista em Terapia Intensiva.

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Lúpus e suas formas 4e2t /2025/05/05/lupus-e-suas-formas/ /2025/05/05/lupus-e-suas-formas/#respond <![CDATA[noticia]]> Mon, 05 May 2025 12:33:58 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=92534 <![CDATA[
Dr. Luiz Sérgio Barbosa O lúpus é uma doença autoimune. Isso significa que o próprio sistema de defesa do corpo – o sistema imunológico – a a atacar estruturas saudáveis do organismo, como se fossem ameaças. Mas o que poucos sabem é que existem diversos tipos de lúpus, com apresentações muito diferentes entre si: há […]]]>
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Dr. Luiz Sérgio Barbosa

O lúpus é uma doença autoimune. Isso significa que o próprio sistema de defesa do corpo – o sistema imunológico – a a atacar estruturas saudáveis do organismo, como se fossem ameaças. Mas o que poucos sabem é que existem diversos tipos de lúpus, com apresentações muito diferentes entre si: há formas predominantemente cutâneas, outras que afetam articulações, rins, sangue, cérebro, entre outros órgãos. Essa complexidade torna o lúpus uma doença desafiadora tanto para quem convive com ela quanto para quem precisa reconhecê-la e tratá-la.

Ao redor do lúpus ainda circulam muitos mitos. Há quem diga que a doença não tem tratamento, que é uma sentença irreversível ou que a pessoa está condenada a uma vida de dor e limitação. Essa ideia é equivocada – e profundamente injusta. O lúpus não é uma sentença. É um desafio real, sim, que exige empoderamento, conhecimento e acompanhamento especializado. Mas não significa fim de planos, de trabalho, de estudo ou de maternidade. E é justamente por isso que falar sobre o lúpus, com clareza e responsabilidade, é tão necessário.

Para muitos pacientes, o caminho até o diagnóstico é longo, cheio de dúvidas e, muitas vezes, de sofrimento. A doença geralmente começa de forma sutil, com sintomas que parecem isolados: cansaço extremo, dor nas juntas, manchas na pele, febres inexplicáveis, queda de cabelo. Cada pessoa manifesta a doença de um jeito. Por isso, o lúpus é chamado de “grande imitador”. De acordo com dados internacionais, uma pessoa com lúpus consulta, em média, mais de cinco médicos até receber o diagnóstico correto. O diagnóstico precoce é o ideal – mas ainda é um desafio para a medicina.

É fundamental lembrar que o tratamento do lúpus não se resume a tomar remédios. Embora os medicamentos – como corticoides, imunossupressores e, em alguns casos, terapias biológicas – sejam parte essencial do controle da doença, a atitude do próprio paciente tem enorme peso no resultado final. Isso inclui aprender a reconhecer sinais de atividade da doença, manter uma rotina de autocuidado, dormir bem, proteger-se do sol, evitar estresse extremo, manter vínculos afetivos e buscar apoio psicológico quando necessário. Mas nenhuma dessas atitudes é viável se o paciente estiver isolado, sem o à informação segura, ou sendo bombardeado por mensagens confusas na internet.

O processo inflamatório, que está por trás das lesões em órgãos e tecidos, é o verdadeiro vilão da doença. Hoje, com acompanhamento adequado, é possível manter esse processo sob controle por longos períodos, em muitos casos colocando a doença em remissão. É nesse ponto que a ciência tem avançado: pesquisas clínicas internacionais estão testando novos medicamentos, com mecanismos de ação mais específicos e promissores. Já há, inclusive, tratamentos aprovados nos últimos anos e outros em fase final de estudo. Podemos sim sonhar com uma medicina cada vez mais personalizada e, quem sabe num futuro próximo, com a cura definitiva.

Mas até lá, o que transforma a realidade dos pacientes é o tripé da informação correta, do acompanhamento contínuo e da rede de apoio sólida. Os familiares têm um papel vital – não apenas no cuidado prático, mas na escuta, no acolhimento, na presença. Ninguém enfrenta o lúpus sozinho. E ninguém deveria ter que enfrentar o desconhecimento, o preconceito e o abandono junto com a doença.

Neste Dia Mundial do Lúpus, a mensagem mais importante é simples: viver com lúpus é possível. Com o diagnóstico certo, tratamento adequado, o a informações confiáveis e e real, há vida – com autonomia, com projetos e com dignidade.

Dr. Luiz Sérgio Barbosa é Médico Reumatologista, Professor Titular de Medicina e Pesquisador Clínico em Doenças Autoimunes

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Cuiabá 195l5c 306 anos: orgulho de ser chapa e cruz dessa terra cêpa /2025/04/08/cuiaba-306-anos-orgulho-de-ser-chapa-e-cruz-dessa-terra-cepa/ /2025/04/08/cuiaba-306-anos-orgulho-de-ser-chapa-e-cruz-dessa-terra-cepa/#respond <![CDATA[noticia]]> Wed, 09 Apr 2025 00:06:24 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=92219 <![CDATA[
Hoje Cuiabá completa 306 anos, e eu não poderia deixar ar em branco essa data que carrega mais do que tempo: carrega história, cheiro, sons e lembranças que moram na alma de quem nasceu e foi criado aqui. E eu digo com a boca cheia: sou cuiabano de chapa e cruz, nascido na Cidade Alta, e tenho orgulho catiça dessa […]]]>
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Hoje Cuiabá completa 306 anos, e eu não poderia deixar ar em branco essa data que carrega mais do que tempo: carrega história, cheiro, sons e lembranças que moram na alma de quem nasceu e foi criado aqui. E eu digo com a boca cheia: sou cuiabano de chapa e cruz, nascido na Cidade Alta, e tenho orgulho catiça dessa terra quente, acolhedora e cheia de vida.

Vi Cuiabá se transformá com o tempo. Vi a poeira vermelha das ruas dando lugar ao asfalto, vi o mato virá bairro, vi a beira do rio encher de prédio, e mesmo assim, nóis cuiabano de raiz nunca deixou de sentí o coração bater mais forte ao ouvi um rasqueado ou ao sentí o cheiro de farofa de banana saindo da cozinha.

Cuiabá de antigamente: tempo bom que dava gosto de vivê 50133s

Quem viveu a Cuiabá de antigamente sabe do que tô falano. Era tempo dos bailes que amanhecia o dia, com sanfona cantano e a turma dançano agarradim, suado e feliz. Tempo de festa no bairro, de rede na varanda, de prosa demorada na porta de casa.

As praças eram ponto de encontro — da juventude, dos namoros, dos amigos de fé. Tinha os banho nos rio, onde a gente se jogava sem medo e saía com o cabelo cheio de areia e a alma lavada. O rio Coxipó, o Paraguaia, eram mais que paisagem: era lazer, era vida, era encontro.

E tinha também o som do rádio tocano lambadão, a vó fazendo bolo de arroz, os menino jogano bola com chinelo de trave e as vizinha gritando da janela:
“Óia os menino aí berrano de novo, vôte!”

Cuiabá de hoje: quente, moderna, mas com o coração de sempre 5f2og

Hoje Cuiabá é outra. Cresceu, se modernizou, virou cidade grande, cheia de desafio, mas cheia de orgulho também. E eu me sinto privilegiado por ter visto essa transformação. Ver o Centro ganhar cara nova, os bairros se expandirem, as avenidas se abrirem — isso tudo mostra que essa terra tem força, tem garra, tem futuro.

Mas o mais bonito é que, mesmo com tudo mudano, o cuiabano continua sendo cuiabano: com o sotaque arrastado, com o jeito acolhedor, com a fé que não se abala, e com a mesma alegria de sentá pra tomá um guaraná ralado e falá da vida.

Parabéns, minha morena do cerrado 92z3e

Cuiabá, minha terra querida, tu és digoreste demais! És quente, és forte, és cheia de histórias e cheia de amor. Eu tenho orgulho de cada canto teu — da Cidade Alta ao Pedra 90, do Coxipó ao A. Tenho orgulho de tê nascido em ti, de ter vivido tuas mudanças, e de sabê que onde quer que eu vá, Cuiabá vai comigo no jeito de falá, no calor do abraço e na saudade do que tu foste — e do que ainda és.

Parabéns, Cuiabá! Que venham muitos e muitos anos mais, com desenvolvimento, com cuidado, com respeito e com aquele jeito cuiabano que só quem é de chapa e cruz entende.

Neto Marques é jornalista e Cuiabano de Chapa e Cruz

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Crescer sem perder o foco 5x492u /2025/03/18/crescer-sem-perder-o-foco/ /2025/03/18/crescer-sem-perder-o-foco/#respond <![CDATA[noticia]]> Tue, 18 Mar 2025 12:53:07 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=92004 <![CDATA[
Richard Kenj Expandir para novos mercados dentro do próprio Brasil é mais que uma estratégia – é um caminho inevitável e desafiador que pode definir o futuro de uma empresa. Porém, para que a expansão seja bem-sucedida e sustentável, é preciso ir além da entrada em novos territórios ou estados. O grande desafio é como […]]]>
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Richard Kenj

Expandir para novos mercados dentro do próprio Brasil é mais que uma estratégia – é um caminho inevitável e desafiador que pode definir o futuro de uma empresa. Porém, para que a expansão seja bem-sucedida e sustentável, é preciso ir além da entrada em novos territórios ou estados. O grande desafio é como conquistar esses mercados sem perder de vista as especificidades de cada região, essenciais para manter uma conexão genuína com os consumidores, garantir a longevidade da marca e que todo este processo seja planejado e alinhado com os canais de venda da empresa.

No Brasil, um país com dimensões continentais e uma diversidade regional impressionante, esse desafio se torna ainda mais evidente. Não é suficiente simplesmente replicar um modelo de sucesso em uma nova localidade. Empresas que ignoram as particularidades regionais, desde as demandas culturais até as questões logísticas, correm o risco de não apenas falhar, mas também de se afastar das expectativas do público-alvo.

Uma análise de mercado robusta é o primeiro o para uma expansão bem-sucedida. Identificar o potencial de consumo, os concorrentes locais e os aspectos culturais de cada região é fundamental. Essa avaliação deve ser detalhada e não se limitar ao básico. Em mercados internacionais, por exemplo, entender as diferenças políticas, culturais, sociais, tributárias e econômicas não é apenas relevante – é uma necessidade estratégica.

Pesquisas recentes, como a realizada pela McKinsey & Company (2023), mostram que negócios que adaptam seus produtos e serviços para atender às necessidades locais têm até 30% mais chances de sucesso em mercados estrangeiros. Esse número ilustra o peso da personalização na estratégia de expansão. E isso não se restringe apenas a mercados externos; o Brasil é um território onde cada estado, e muitas vezes cada cidade, tem sua dinâmica própria.

Além da adaptação do portfólio, é necessário entender as questões logísticas e regulatórias. Em alguns casos, o custo logístico pode representar uma parte significativa do investimento necessário para entrar em um novo mercado. Considerar essas variáveis de forma estratégica pode evitar surpresas e otimizar o processo de expansão.

Além da questão logística, a adaptação e análise tributária é fundamental, pois devido a diversidade de regras por estado, o entendimento desta questão é essencial para a viabilidade econômica e desenvolvimento do negócio.

Fazer um avanço inteligente envolve riscos calculados. E, para mitigar esses riscos, é fundamental analisar o retorno sobre o investimento (ROI) com precisão. Segundo um estudo de 2024 do Boston Consulting Group (BCG), empresas que mantêm uma abordagem disciplinada e focada em inovação ao expandir seus mercados conseguem um retorno médio de 12% de ROI. No entanto, é importante lembrar que esse fator não deve ser visto apenas sob a ótica financeira. A construção de uma marca forte, a fidelização do cliente e a penetração no mercado são igualmente fundamentais para avaliar os resultados desse processo.

É justamente pela falta de uma visão consolidada entre marca, cliente e mercado que muitos projetos sofrem determinados impactos, especialmente, ao esquecer a adaptação cultural nas etapas de ampliação.  Ignorar as diferenças culturais e tentar aplicar os mesmos métodos de operação em mercados diversos frequentemente resulta em fracassos. Muitas vezes, negócios com grande potencial acabam tendo que abandonar mercados inteiros por não conseguirem se conectar com o consumidor local de maneira eficaz. E aqui se complementa também a análise tributária da viabilidade da operação.

Outro desafio crucial está na gestão de pessoas. Contratar e treinar equipes locais que compreendam profundamente a cultura, as expectativas do cliente e as particularidades do produto ou serviço é essencial para o sucesso. A integração das operações e a construção de um time alinhado são fatores determinantes para garantir produtividade e resultados consistentes.

Para empresas que buscam expandir de forma inteligente, a chave está em uma preparação meticulosa e na execução flexível. A análise de mercado deve ser o alicerce de qualquer plano de expansão, e o ROI deve ser avaliado não apenas em termos financeiros, mas também considerando o valor intangível da marca. Enfrentar com sabedoria os desafios culturais, regulatórios e tecnológicos será sempre um diferencial competitivo que pode definir o sucesso ou o fracasso de uma expansão.

No fim das contas, um crescimento bem-sucedido não é aquele que ignora as particularidades de cada mercado, mas sim o que consegue dialogar com a diversidade local sem perder a essência. No Brasil, a diversidade não é um obstáculo, mas sim uma oportunidade estratégica. Para quem souber escutá-la e se adaptar de forma sensata, ela pode ser o combustível para um crescimento sustentável e significativo.

Richard Kenj é diretor comercial

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/2025/03/18/crescer-sem-perder-o-foco/feed/ 0 92004
IA versus rede elétrica 1r4b53 /2025/03/18/ia-versus-rede-eletrica/ /2025/03/18/ia-versus-rede-eletrica/#respond <![CDATA[noticia]]> Tue, 18 Mar 2025 12:43:48 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=91998 <![CDATA[
André Sih A transformação digital não é mais uma tendência, mas uma necessidade para cidades modernas. Redes elétricas inteligentes e iluminação pública conectadas são peças-chave dessa revolução, e a inteligência artificial tem acelerado esse avanço de forma inédita. O conceito dessa ideia conversa diretamente com a istração de recursos básicos que tornam um município moderno […]]]>
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André Sih

A transformação digital não é mais uma tendência, mas uma necessidade para cidades modernas. Redes elétricas inteligentes e iluminação pública conectadas são peças-chave dessa revolução, e a inteligência artificial tem acelerado esse avanço de forma inédita.

O conceito dessa ideia conversa diretamente com a istração de recursos básicos que tornam um município moderno e funcional para seus habitantes. Nesse sentido, ativos fundamentais, como essas redes de energia e iluminação, necessitam de uma visão detalhada e de um planejamento criterioso para que haja constantes melhorias na utilização dos espaços públicos, impulsionando o crescimento como um todo, não apenas das grandes capitais, mas também de cidades menores.

Nesse contexto, a modernização da iluminação pública tem ganhado destaque. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (ABCIP) e pela consultoria EY indica que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) para iluminação pública iriam triplicar até 2024. Afinal, o sistema de iluminação pública pode ser considerado um candidato promissor para a incorporação de novas tecnologias às cidades inteligentes, como, por exemplo, a inteligência artificial.

No entanto, apesar do potencial de inovação, a realidade mostra que a instalação e o gerenciamento de redes de iluminação pública ainda carecem de equipamentos de última geração. A distribuição de energia elétrica também, sendo que, até pouco tempo, era majoritariamente unidirecional, sem capacidade de prever picos de consumo ou falhas na rede, resultando, muitas vezes, em interrupções imprevisíveis e prejudiciais a hospitais, escolas e serviços essenciais. Esse tipo de lacuna pode impactar a rotina das pessoas, seja na saúde, lazer ou comércio, além de evidenciar desigualdades sociais.

Outro desafio associado a esse modelo tradicional era o alto custo operacional. A falta de monitoramento em tempo real levava a desperdícios e ao aumento dos custos de geração e distribuição, o que tornava tudo ainda mais difícil. Também devemos lembrar o fato de que para realizar as manutenções, esse tipo de fornecimento depende quase 100% de inspeções manuais, com reações que poderiam levar dias ou até mesmo semanas.

Com isso, empresas de tecnologia encontram potencial abrangente para os negócios, utilizando inovações em ferramentas de IA para aquecer o mercado e modernizar o serviço. A medição inteligente por meio de IA e a análise de imagens, por exemplo, surgem como uma alternativa eficiente e econômica em comparação aos métodos tradicionais. Soluções que permitem uma gestão mais precisa e em tempo real do consumo energético facilitam a identificação de falhas e otimizam recursos.

Estamos falando de abordagens especialmente vantajosas para municípios que buscam modernizar sua infraestrutura sem os altos custos, fortalecendo o desenvolvimento urbano.

Além disso, a identificação de vegetação próxima à rede elétrica pode ser outro diferencial para cidades que querem ser inteligentes e que focam na prevenção de problemas como quedas de árvores e postes. Acontecimentos como esses, assim como sabemos, podem causar interrupções no fornecimento de energia, bem como acidentes e outros prejuízos. Com esses recursos tecnológicos em mãos, é possível promover ações preventivas e garantir a continuidade dos serviços essenciais.

Com plataformas No Code, esses setores tornam ível o processo de inovação para as cidades na istração dessas novas tecnologias, o que traz otimização de tempo, redução de desperdício de recursos público e naturais, entre outras vantagens. Ou seja, gestores que não se atualizarem nesse sentido ou não desenvolverem planejamentos para modernização e sustentabilidade das cidades inteligentes ficarão para trás, afinal, a IA está cada vez mais presente no nosso dia a dia, seja como consumidor ou cidadão.

André Sih é especialista em tecnologia elétrica

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/2025/03/18/ia-versus-rede-eletrica/feed/ 0 91998
Brasil 6c5a5w o país do ‘não pode’ /2025/03/09/brasil-o-pais-do-nao-pode/ /2025/03/09/brasil-o-pais-do-nao-pode/#respond <![CDATA[noticia]]> Sun, 09 Mar 2025 23:10:21 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=91854 <![CDATA[
Mauro Mendes Nas últimas décadas, nações como EUA, China, Coreia do Sul e tantas outras experimentaram grande expansão em seu desenvolvimento. E boa parte desse resultado se deve a medidas acertadas de líderes políticos e das legislações que regem esses países, como o rigor das leis, o fomento ao empreendedorismo, investimentos na educação e uma […]]]>
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Mauro Mendes

Nas últimas décadas, nações como EUA, China, Coreia do Sul e tantas outras experimentaram grande expansão em seu desenvolvimento.

E boa parte desse resultado se deve a medidas acertadas de líderes políticos e das legislações que regem esses países, como o rigor das leis, o fomento ao empreendedorismo, investimentos na educação e uma cultura voltada à eficiência.

Na contramão, temos o Brasil. Um país que cresceu, mas muito aquém dos seus potenciais. Sempre colocado como uma “promessa”, o Brasil se afundou na “burrocracia” e fez uma espécie de “inspiração ao contrário”: ao invés de se espelhar nas decisões dos países que deram certo, fez o oposto.

No Brasil não se pode explorar petróleo que está no oceano, a 500 km de distância do território, porque supostos “ambientalistas” fazem pressão contra, enquanto os países tidos como exemplo de sustentabilidade, caso da Noruega, expandem a produção do “ouro negro” —e sem qualquer crítica.

No Brasil não podemos criar os aos nossos biomas, como o Pantanal, para cuidar do potencial turístico e ambiental de forma responsável, mas convivemos todos os anos com os incêndios florestais, que se alastram de forma quase impossível de controlar, justamente pela dificuldade de adentrar nas matas.

No Brasil não se pode construir ferrovias que o mundo todo constrói porque os “ambientalistas” pressionam contra, mas a Alemanha e a França possuem mais de 70 mil km de trilhos, que são muito mais sustentáveis do que as rodovias —que emitem toneladas de gás carbono do óleo diesel dos caminhões.

No Brasil não pode ter prisão perpétua para crimes hediondos, como ocorre no Japão, um dos países mais seguros do mundo. Mas no nosso país o criminoso pode matar alguém e ficar anos em liberdade, recorrendo em quatro instâncias, enquanto a família da vítima chora pelo luto e pela impunidade.

No Brasil não é possível endurecer a lei para quem trafica drogas, enquanto nos EUA esse crime pode ar dos 30 anos de prisão e gerar até mesmo a pena perpétua. Em contrapartida, no Brasil o tráfico tem livre agem para destruir sonhos de milhares de jovens e famílias, fortalecer organizações criminosas que se expandem por todo o país e permitir que os criminosos saiam da cadeia cumprindo menos de um sexto da pena.

No Brasil não é possível estimular os indígenas a produzirem seu próprio sustento, enquanto os indígenas canadenses e americanos empreendem e negociam, usando seu território de forma sustentável. Iniciativas como as do povo Haliti-Paresi, em Mato Grosso, que se tornaram prósperos após usarem apenas 3% de seu território para produção, são criticadas por aqueles que preferem indígenas dependentes de esmola para sobreviver.

No “Brasil do não pode”, o que pode é a violência e a perpetuação da pobreza da maioria da população para manter no poder aqueles que se beneficiam delas.

Enquanto não nos libertarmos dessa cultura de hipocrisia, seremos eternamente o “país do futuro” —um futuro que nunca vai chegar para a maioria dos brasileiros.

Mauro Mendes é governador de Mato Grosso.

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Energia trifásica para o crescimento sustentável 6h3x17 /2025/03/03/energia-trifasica-para-o-crescimento-sustentavel/ /2025/03/03/energia-trifasica-para-o-crescimento-sustentavel/#respond <![CDATA[noticia]]> Mon, 03 Mar 2025 21:51:53 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=91761 <![CDATA[
Diogo Vogel A aprovação da Lei 12.717/2024, que instituiu a Política Estadual de Agricultura Irrigada e o Programa Estadual de Irrigação, representa um marco para os produtores rurais de Mato Grosso. Essa iniciativa, fruto do empenho da Aprofir-MT, não só visa ampliar a área irrigada – ando dos atuais 220 mil hectares para a ambiciosa […]]]>
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Diogo Vogel

A aprovação da Lei 12.717/2024, que instituiu a Política Estadual de Agricultura Irrigada e o Programa Estadual de Irrigação, representa um marco para os produtores rurais de Mato Grosso. Essa iniciativa, fruto do empenho da Aprofir-MT, não só visa ampliar a área irrigada – ando dos atuais 220 mil hectares para a ambiciosa meta de 4 milhões até 2030 – como também fomenta o desenvolvimento tecnológico e a capacitação profissional no setor. Contudo, em meio a essas transformações, destaca-se a importância das consultorias especializadas em energia para o campo, especialmente no que diz respeito à implantação e otimização da energia trifásica.
A energia trifásica é fundamental para atender à crescente demanda dos sistemas agrícolas modernos. Para o produtor rural, ter o a esse tipo de energia significa não apenas suprir as necessidades operacionais, mas também possibilitar o uso de equipamentos de alta performance e tecnologias que aumentam a produtividade. Nesse contexto, a consultoria energética surge como uma ferramenta indispensável: ela é capaz de diagnosticar as reais necessidades de cada propriedade e propor soluções personalizadas para garantir o fornecimento adequado de energia, contribuindo para a expansão e o fortalecimento da agricultura irrigada.
Um dos maiores desafios enfrentados pelos produtores é a necessidade de reduzir custos operacionais sem comprometer a produtividade. Aqui, a consultoria tem um papel crucial ao desenvolver estratégias que promovem a economia de energia sem que o produtor precise realizar grandes investimentos. Por meio de análises precisas e da identificação de oportunidades de otimização, esses serviços podem recomendar, por exemplo, o balanceamento de cargas, o aproveitamento eficiente da energia já disponível e a implementação de práticas que reduzem o desperdício, garantindo uma operação mais sustentável e econômica.
A Lei 12.717/2024 e o Programa Estadual de Irrigação (Proei) não só visam ampliar a produção de alimentos e gerar empregos no campo, mas também incentivam o uso racional dos recursos hídricos e a preservação ambiental. Quando essa política se alia à consultoria energética, os resultados podem ser ainda mais expressivos. A irrigação eficiente, aliada a uma gestão inteligente do consumo de energia, promove um ciclo virtuoso: maior produtividade, menor custo operacional e, consequentemente, um ambiente de negócios mais sustentável e competitivo para o produtor rural.
Em um cenário de crescente competitividade e desafios ambientais, a consultoria energética se consolida como uma aliada estratégica para a modernização do campo. Ao proporcionar o à energia trifásica e desenvolver soluções que permitem a economia de energia sem investimentos adicionais, esses serviços potencializam os benefícios das novas políticas de irrigação. “Se você é produtor rural e quer saber como a energia trifásica e uma gestão eficiente do consumo podem reduzir seus custos e aumentar sua produtividade, busque uma consultoria especializada. A irrigação eficiente começa com uma energia bem planejada!”.

Diogo Vogel-Engenheiro Eletricista, especialista em Gestão de Energia no Agronegócio

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/2025/03/03/energia-trifasica-para-o-crescimento-sustentavel/feed/ 0 91761
131l56 /2025/02/18/91564/ /2025/02/18/91564/#respond <![CDATA[noticia]]> Tue, 18 Feb 2025 18:18:48 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=91564 <![CDATA[
Soraya Medeiros Ao longo da vida, somos frequentemente desafiados a tomar decisões que nos colocam em direções inesperadas. Nessas ocasiões, surge uma pergunta crucial: como saber se estamos no caminho certo? A resposta pode estar mais próxima do que imaginamos – dentro de nós mesmos. O coração, muitas vezes ignorado em meio ao ruído da […]]]>
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Soraya Medeiros

Ao longo da vida, somos frequentemente desafiados a tomar decisões que nos colocam em direções inesperadas. Nessas ocasiões, surge uma pergunta crucial: como saber se estamos no caminho certo? A resposta pode estar mais próxima do que imaginamos – dentro de nós mesmos. O coração, muitas vezes ignorado em meio ao ruído da razão, é uma bússola silenciosa, mas poderosa, que nos guia em busca de nosso verdadeiro norte.

O coração não é apenas um órgão que bombeia sangue. Ele também simboliza nossas emoções, intuições e aspirações mais profundas. Segundo Carl Jung, um dos pioneiros da psicologia analítica, “a intuição é uma função da psique que nos conecta com o inconsciente, permitindo insights que a razão por si só não alcança”. Quando ouvimos a voz do coração, damos espaço para que nossos desejos mais genuínos se manifestem, permitindo que cada escolha seja alinhada com o que realmente somos.

Por outro lado, a razão desempenha o papel de filtro crítico. Ela questiona, analisa e avalia as implicações práticas de seguir os impulsos emocionais. Esse contraste cria um equilíbrio dinâmico, onde a razão pode prevenir decisões precipitadas, enquanto o coração mantém nossa autenticidade e conexão com nossos valores. O conflito entre emoção e razão, muitas vezes descrito como antagonismo, pode ser recontextualizado como uma parceria. Em vez de escolher entre um e outro, podemos usá-los como ferramentas complementares.

No âmbito profissional, seguir o coração pode significar buscar uma carreira alinhada aos nossos propósitos e paixões, mesmo que isso envolva riscos. A razão, por sua vez, ajuda a planejar essa transição de forma estruturada, garantindo que as escolhas emocionais sejam sustentáveis a longo prazo. O filósofo Joseph Campbell afirmou: “Siga sua felicidade, e portas se abrirão onde você nem imaginava que houvesse portas”. Essa abordagem ressalta o papel do coração como guia na busca por realização pessoal e profissional.

Em relacionamentos, ouvir o coração pode nos direcionar para conexões mais profundas e autênticas, mas a razão nos lembra da importância de estabelecer limites saudáveis e evitar dependências emocionais prejudiciais. Brené Brown, pesquisadora e escritora, reforça que “a vulnerabilidade é a coragem de se mostrar como realmente somos”, um ato que muitas vezes é guiado pelo coração, mas equilibrado pela sabedoria da razão.

Em contextos espirituais, o coração é muitas vezes a voz da intuição, orientando-nos para práticas e crenças que ressoam profundamente. A razão, entretanto, pode servir como um guia para evitar o fanatismo ou práticas que carecem de fundamentação ética. Assim, ambos se equilibram, promovendo uma espiritualidade mais consciente e responsável. Eckhart Tolle, autor de “O Poder do Agora”, afirma que “a verdadeira orientação vem do silêncio interior, onde o coração e a mente se alinham”.

Para fortalecer essa bússola interna e criar uma relação mais harmônica entre razão e emoção, podemos adotar práticas que promovem a escuta interior e o equilíbrio emocional:

Meditação: Dedicar alguns minutos do dia para silenciar a mente e ouvir o coração pode ajudar a ar a intuição e trazer clareza às decisões.

Escrita em um diário: Registrar pensamentos, emoções e insights é uma maneira eficaz de compreender padrões internos e ouvir a voz do coração.

Prática da gratidão: Reconhecer e agradecer pelas pequenas coisas na vida ajuda a sintonizar-se com as emoções positivas e reforçar a conexão com o presente.

Conexão com a natureza: ar tempo ao ar livre, longe da correria do dia a dia, permite que a mente se acalme e que o coração se torne mais audível.

Atividades criativas: Pintar, dançar, escrever ou tocar um instrumento podem desbloquear a intuição e expressar o que sentimos de forma autêntica.

O movimento é essencial para que o coração possa nos guiar. Permanecer parado, preso ao medo ou à incerteza, pode silenciar a bússola interna. No entanto, a cada o dado, por menor que seja, um novo horizonte se abre. É nesse processo que descobrimos novas possibilidades, enfrentamos desafios e, eventualmente, encontramos caminhos que sequer imaginávamos existir. Ainda assim, é a razão que nos ajuda a refletir sobre essas descobertas, garantindo que não apenas avancemos, mas que avancemos com propósito.

Seguir o coração é um ato de confiança em si mesmo e no universo. Ele nos convida a explorar o desconhecido, a abraçar a incerteza e a acreditar que, a cada movimento, encontraremos um novo norte. A razão, por sua vez, é o co-piloto que nos mantém no caminho, garantindo que nossas decisões emocionais tenham base prática e coerente. Como Aristóteles destacou, “a excelência é um hábito, e não um ato isolado”, um lembrete de que razão e emoção devem trabalhar juntas para criar uma vida plena e equilibrada. Juntas, razão e emoção formam uma parceria poderosa, capaz de nos levar a uma vida significativa. Afinal, a bússola do coração nunca erra quando seguimos com sinceridade e propósito, mas é a razão que garante que essa jornada seja sustentável e significativa.

Soraya Medeiros é jornalista em MT

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O descaso com o servidor público 3u662g uma crueldade institucionalizada em Cuiabá /2025/01/28/o-descaso-com-o-servidor-publico-uma-crueldade-institucionalizada-em-cuiaba/ /2025/01/28/o-descaso-com-o-servidor-publico-uma-crueldade-institucionalizada-em-cuiaba/#respond <![CDATA[noticia]]> Tue, 28 Jan 2025 13:28:00 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=91047 <![CDATA[
Ao longo de quase 24 anos como servidora pública municipal em Cuiabá, já vivi e presenciei muitas situações que revelam o descaso e a desumanização de quem se dedica ao serviço público. Porém, nada é tão cruel quanto o tratamento dispensado aos servidores que, ao adoecerem ou se tornarem incapazes de acompanhar o ritmo exaustivo […]]]>
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Ao longo de quase 24 anos como servidora pública municipal em Cuiabá, já vivi e presenciei muitas situações que revelam o descaso e a desumanização de quem se dedica ao serviço público. Porém, nada é tão cruel quanto o tratamento dispensado aos servidores que, ao adoecerem ou se tornarem incapazes de acompanhar o ritmo exaustivo da função, am a ser tratados como “lixo humano”. Essa expressão, por mais dura que pareça, é a única que resume o que ocorre em nossa cidade.

Entra e sai gestão, e o tão prometido discurso de valorização do servidor público nunca sai do papel. Os mais velhos, que dedicaram anos, até décadas de suas vidas ao serviço público, são jogados para escanteio, perdendo espaço para os mais novos, como se toda a experiência acumulada não tivesse valor. A tal “avaliação de desempenho”, uma ferramenta que deveria medir competências e estimular o crescimento profissional, muitas vezes reforça injustiças. Servidores readaptados — que já enfrentam desafios por conta de problemas de saúde — acabam, sem culpa própria, sendo colocados em posições de vantagem nas pontuações, enquanto aqueles que ainda desempenham suas funções no dia a dia são relegados a segundo plano. É uma confusão que só gera mais frustração e indignação.

Essa lógica cruel do sistema não para por aí. Quando um servidor se torna inapto para sua função, o que deveria ser um momento de acolhimento e e se transforma em mais um golpe. A pessoa é afastada, transferida de unidade, muitas vezes para locais distantes de sua residência, por não ter a pontuação competitiva e até por ter mais de uma na mesma função readaptada, isso acaba gerando desavença e competição aumentando ainda mais o sofrimento de quem já está fragilizado. Isso, em vez de proporcionar alívio, só intensifica a sensação de abandono e inutilidade.

Na educação municipal de Cuiabá, vivemos situações que beiram o absurdo. A implantação do ponto eletrônico, que, em teoria, traria transparência, virou mais um mecanismo de punição. Servidores que chegam mais cedo para adiantar tarefas — seja na cozinha, na limpeza, na vigilância ou mesmo na sala de aula — não podem usar esse tempo extra para abonar eventuais atrasos. Pior: atrasos mínimos de 15 minutos ao longo de um mês já geram descontos no salário. No ano de 2024, muitos colegas perderam de R$ 60 a R$ 300 por conta disso. Para agravar a situação, vários não sabiam nem ao certo como manusear o aplicativo do ponto eletrônico, incluindo eu, que sempre me considerei uma pessoa relativamente familiarizada com a tecnologia.

E como se isso não bastasse, amos pelas festas de fim de ano sem salário e sem férias pagas. Alguém consegue imaginar tirar férias sem receber? Pois foi isso que aconteceu com os servidores da educação de Cuiabá.

O que está em jogo aqui não é apenas o tratamento injusto dado por uma gestão específica, mas sim um sistema público emparelhado, comandado com mãos de ferro, que perpetua a desvalorização do servidor. O serviço público é, muitas vezes, cansativo, maçante e até mesmo nojento, dependendo dos gestores que estão no comando. E essa desumanização não se limita ao nível municipal; acredito que a mesma lógica cruel se repita nas esferas estadual e federal.

Para piorar, a ausência de critérios claros que valorizem o tempo de serviço e a dedicação contínua é um erro gritante. Antes, esses critérios existiam e eram uma forma de reconhecer o esforço e o comprometimento de quem dedicou a vida ao serviço público. É urgente resgatar essa valorização para corrigir os buracos do sistema e fazer justiça aos profissionais mais antigos, que estão chegando ao fim de suas carreiras.

O que presenciamos é uma gestão pública incapaz de respeitar e cuidar de seus servidores. Enquanto isso, a saúde mental e física de muitos se deteriora, e, infelizmente, alguns chegam ao extremo de tirar a própria vida.

Essa é uma realidade que precisa mudar. Não se trata de culpar gestores específicos, mas de questionar o sistema falho e desumano que se incorporou à gestão pública em Cuiabá e em tantas outras cidades do país. Servidores públicos não são descartáveis. Eles são a base de uma sociedade que deveria prezar pela justiça e pela dignidade.

Acorda, Cuiabá!

Por Ana Paula Barros, servidora pública municipal e jornalista

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Partilha de bens em inventários extrajudiciais 5w1n36 /2025/01/14/partilha-de-bens-em-inventarios-extrajudiciais/ /2025/01/14/partilha-de-bens-em-inventarios-extrajudiciais/#respond <![CDATA[noticia]]> Tue, 14 Jan 2025 17:24:38 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=90810 <![CDATA[
Alcione Montani Ducceschi Fontes A possibilidade de realizar inventários e partilhas de bens diretamente nos cartórios, sem a necessidade de intervenção judicial, tem se consolidado como uma importante ferramenta de desjudicialização no Brasil. Essa tendência se fortaleceu com o advento de normativas como o Provimento-TJMT/CGJ N.º 25/2022, de Mato Grosso, e a Resolução CNJ nº […]]]>
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Alcione Montani Ducceschi Fontes

A possibilidade de realizar inventários e partilhas de bens diretamente nos cartórios, sem a necessidade de intervenção judicial, tem se consolidado como uma importante ferramenta de desjudicialização no Brasil. Essa tendência se fortaleceu com o advento de normativas como o Provimento-TJMT/CGJ N.º 25/2022, de Mato Grosso, e a Resolução CNJ nº 35/2007 que regulamenta os procedimentos em âmbito nacional, alterada recentemente pela Resolução CNJ nº 571/2024. Ambas as normas garantem que, mesmo com herdeiros menores de idade, a partilha de bens possa ser realizada de forma extrajudicial, desde que observados os requisitos legais que asseguram a proteção dos direitos dos menores.

No Estado de Mato Grosso, essa possibilidade foi concretizada já no ano de 2022 com o Provimento-TJMT/CGJ N.º 25/2022, da lavra do Desembargador José Zuquim Nogueira. Esse provimento inovou ao estabelecer que, nos casos de inventário e partilha que envolvem menores de idade ou incapazes, a escritura pública pode ser lavrada no cartório, com necessidade de parecer de membro do Ministério Público e homologação judicial, porém, na esfera istrativa, quando o processo envolve interesses de herdeiros menores ou incapazes. A medida desburocratizou o procedimento, conferindo celeridade ao processo e promovendo um o mais rápido à justiça, sem prejudicar os direitos dos incapazes, promovendo maior agilidade, celeridade e economia para os cidadãos.

A Resolução CNJ nº 571/2024 trouxe muitas inovações importantes e normatizou a possibilidade de realização de inventários e partilhas extrajudiciais com incapazes para todo o Brasil. Entretanto, trouxe também uma exigência que pode representar um obstáculo à efetividade e praticidade do processo: a imposição de que a partilha seja realizada em partes ideais de cada um dos bens inventariados. Essa restrição, embora tenha o objetivo de proteger os direitos dos menores, na prática, pode limitar a autonomia dos herdeiros e comprometer a flexibilidade necessária para resolver questões familiares de forma eficiente.

Neste artigo, defendo que não há necessidade de obrigar que a partilha seja feita em partes ideais de cada bem, pois isso limita a liberdade dos herdeiros de escolher a forma de partilha que melhor atenda aos interesses de sua família, desde que a proteção dos menores e incapazes seja devidamente garantida tanto pelo Ministério Público quanto pela(o) Tabeliã(o) e Notas, que é profissional do direito dotado de fé pública e responde pelos atos que ele e seus prepostos praticam. A desnecessária imposição de que cada bem seja dividido em partes ideais, além de aumentar a complexidade do processo, pode acabar tornando a partilha mais difícil de ser implementada de maneira efetiva, sobretudo quando os herdeiros têm interesse na venda de bens, tornando obrigatória uma medida judicial para conquista de um alvará para venda ou, até mesmo, obrigando-se a realização do inventario na esfera judicial para conseguir uma partilha da forma que for mais atenda às necessidades da família envolvida.

  1. A Flexibilidade na Partilha: A Liberdade dos Herdeiros

Os herdeiros, como titulares de direitos sobre o espólio, devem ter a liberdade para escolher a forma mais adequada de partilhar os bens, levando em consideração as particularidades de sua família e os interesses de cada um. Isso significa que, ao invés de ser imposta uma divisão rígida dos bens, como exige a Resolução CNJ nº 571/2024, os herdeiros poderiam optar por soluções mais práticas, como a atribuição total de um bem a um herdeiro ou o depósito de valores em conta bancária para assegurar a parte do menor, claro que respeitando o quinhão do herdeiro, sem a necessidade de dividir cada bem de forma ideal, que obrigaria a permanência em condomínio.

Sabiamente o Provimento-TJMT/CGJ N.º 25/2022 não impõe restrição quanto a forma de partilha, o importante é que o quinhão do menor de idade fique resguardada.

  1. O Papel Fiscalizador do Ministério Público

O Ministério Público tem um papel essencial como fiscal da lei, sendo responsável por garantir que os direitos dos menores sejam respeitados em todo o processo. A atuação do Ministério Público já é prevista nas normas vigentes, que exigem que, nos casos envolvendo herdeiros menores, o órgão se manifeste sobre a forma de partilha proposta, assegurando que a parte do menor seja adequadamente preservada.

Portanto, não é necessário que a partilha envolva a divisão de cada bem em partes ideais, mas sim que o interesse do menor seja integralmente resguardado, de acordo com as normas legais e com o parecer do Ministério Público.

  1. A Efetividade da Partilha

Em Mato Grosso não há esta restrição, logo, a partilha pode ser realizada de forma mais flexível, desde que comprovada que a parte (quinhão) do incapaz, estará preservada em sua totalidade, seja pelo recebimento de um bem imóvel em sua totalidade.

Esta liberalidade é importante para dar efetividade à partilha, pois, se ao realizar o inventário os demais herdeiros tiverem que ficar obrigatoriamente em condomínio como o incapaz e para a venda necessitar de alvará judicial, não terá efetividade a partilha extrajudicial.

Há que se observar que ainda que a partilha não seja realizada em parte ideal em cada um dos bens inventariados e dependerá de manifestação favorável do ministério público, que tem o dever de zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. Logo, não irá homologar uma partilha que seja prejudicial ao menor de idade.

Entendo que este excesso de cautela, neste caso, mais atrapalha que ajuda, pois travaria a liberdade de cada herdeiro capaz dispor como quiser de seu quinhão e consequentemente a economia do país.

  1. Considerações Finais

Em conclusão, a desjudicialização do inventário e da partilha deve ser um meio de tornar o processo mais rápido, flexível e adaptado à realidade de cada família.

É essencial que os herdeiros tenham a liberdade de escolha, dentro dos limites da lei, para determinar a forma que melhor atenda aos interesses da família. O Ministério Público, como fiscal da lei, garantirá a proteção dos direitos dos incapazes que estarão assistidos ou representados pelos seus tutores ou curadores.

O sistema de inventário extrajudicial precisa ser eficiente, prático e adaptável, respeitando os direitos dos incapazes sem criar obstáculos desnecessários. A liberdade dos herdeiros e a atuação responsável do Tabelião de Notas e do Ministério Público podem e devem caminhar juntas, garantindo que o processo de partilha seja realizado de maneira justa, eficaz.

Alcione Montani Ducceschi Fontes é Tabeliã de Notas e Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais em Mato Grosso.

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Amor maduro e felicidade 652z23 Uma jornada de crescimento e conexão! /2024/12/16/amor-maduro-e-felicidade-uma-jornada-de-crescimento-e-conexao/ /2024/12/16/amor-maduro-e-felicidade-uma-jornada-de-crescimento-e-conexao/#respond <![CDATA[noticia]]> Mon, 16 Dec 2024 23:33:02 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=90294 <![CDATA[
Amor maduro e felicidade: Uma jornada de crescimento e conexão! Soraya Medeiros Você já teve a sensação de encontrar a peça que faltava no seu quebra-cabeça? Aquela conexão que nos faz sentir completos, como se tudo finalmente se encaixasse? Como se, de repente, o mundo ao nosso redor ficasse mais vibrante. Por muito tempo, busquei […]]]>
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Amor maduro e felicidade: Uma jornada de crescimento e conexão!

Soraya Medeiros

Você já teve a sensação de encontrar a peça que faltava no seu quebra-cabeça? Aquela conexão que nos faz sentir completos, como se tudo finalmente se encaixasse? Como se, de repente, o mundo ao nosso redor ficasse mais vibrante.

Por muito tempo, busquei um amor que preenchesse minha alma e me proporcionasse aquele arrepio único. E então, ele apareceu, sutil como uma brisa suave em um dia quente, trazendo a serenidade de um amor maduro. Como uma árvore que cresce lentamente, mas com firmeza, suas raízes profundas garantem estabilidade e um desenvolvimento constante.

O amor maduro não precisa de grandes gestos para se destacar. Ele se revela de forma tranquila, conquistando espaço não pela intensidade, mas pela constância e profundidade. É feito de olhares sinceros, diálogos suaves e gestos de carinho. Como Sartre disse: “O amor é como uma planta que precisa ser cuidada e regada constantemente”.

Com ela, aprendi que o amor maduro aceita nossas bagagens, respeita nossas histórias e nos estimula a escrever novos capítulos. Não exige perfeição, mas autenticidade. Como um vinho que amadurece com o tempo, o amor vai se aprofundando, ganhando complexidade. Ele nos impulsiona a crescer, mas também nos acolhe quando sentimos que não podemos mais seguir. Como Rainer Maria Rilke afirmou: “Amar é não temer a dor, é ter coragem de se entregar”.

A comunicação clara e sincera é essencial para um relacionamento maduro. Ela vai além de resolver desentendimentos, sendo a ponte que conecta duas almas dispostas a se entender e evoluir. É como uma dança, onde a harmonia entre os os é vital para que ambos se sintam em sintonia.

Compartilhar essa felicidade com os outros tem sido transformador. Quando estamos em paz conosco, sentimos que encontramos um porto seguro, isso transborda em tudo o que fazemos. amos a ver o mundo com mais generosidade, celebrar as pequenas vitórias e compreender melhor as dores alheias. Como um farol, que ilumina o caminho de quem está perto e se fortalece à medida que brilha.

Este artigo convida você a refletir sobre o impacto dos relacionamentos em nosso crescimento. Talvez você esteja à procura de um amor verdadeiro ou talvez já o tenha encontrado, mas ainda não percebeu. O importante é lembrar que, quando o amor chega de forma genuína, ele nos transforma de dentro para fora. Como C. S. Lewis disse: “O amor não consiste em olhar um para o outro, mas em olhar juntos na mesma direção”.

E você, tem compartilhado sua felicidade com as pessoas especiais em sua vida?

Soraya Medeiros é jornalista em MT

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Eficiência energética e economia circular 91si /2024/12/05/eficiencia-energetica-e-economia-circular/ /2024/12/05/eficiencia-energetica-e-economia-circular/#respond <![CDATA[noticia]]> Thu, 05 Dec 2024 18:14:55 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=90114 <![CDATA[
Natalia Fochi Em um cenário onde os recursos naturais são limitados e as mudanças climáticas avançam, é fundamental adotar abordagens complementares para mitigar os impactos ambientais e construir um futuro mais resiliente. Nesse contexto, a eficiência energética e a economia circular se destacam como estratégias importantes para potencializar o caminho rumo a uma economia sustentável. […]]]>
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Natalia Fochi

Em um cenário onde os recursos naturais são limitados e as mudanças climáticas avançam, é fundamental adotar abordagens complementares para mitigar os impactos ambientais e construir um futuro mais resiliente. Nesse contexto, a eficiência energética e a economia circular se destacam como estratégias importantes para potencializar o caminho rumo a uma economia sustentável.

O conceito de eficiência energética diz respeito à menor demanda de energia para realização de uma tarefa desejada ou para obter o mesmo resultado. Em termos práticos, isso pode ser alcançado por meio de tecnologias avançadas, mudanças de comportamento e processos otimizados. Desde lâmpadas LED até aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos com selo de eficiência, a ideia central é reduzir o consumo de energia sem comprometer o desempenho.

Além de promover a redução de custos operacionais, a eficiência energética atua na diminuição das emissões de gases de efeito estufa, sendo uma aliada no combate às mudanças climáticas. Seja nas indústrias, nos edifícios ou até mesmo em ambientes domésticos, as práticas de eficiência energética não só geram economia, mas também reduzem a dependência de fontes de energia não renováveis. Por exemplo, de acordo com o Programa de Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria (PotencializEE), investimentos em iniciativas de eficiência energética podem resultar em uma redução de até 65% na conta de luz das indústrias.

Já a economia circular, por sua vez, propõe um modelo econômico regenerativo. Em vez do tradicional ciclo “extrair, usar e descartar”, ela defende a reutilização contínua de materiais e produtos, minimizando a geração de resíduos. Além disso, a economia circular também busca repensar o design de produtos para facilitar sua desmontagem e reciclagem, e, assim, implementar sistemas de logística reversa e aproveitar resíduos como matéria-prima para novos ciclos de produção. Ao prolongar a vida útil dos materiais e reduzir a necessidade de extração de novos recursos, a economia circular promove um ciclo mais eficiente e sustentável.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que, ao manter os materiais por mais tempo na economia por meio de práticas como reutilização, reaproveitamento ou reciclagem, seria possível diminuir em 33% as emissões de dióxido de carbono incorporadas aos produtos.

Embora distintos em abordagem, eficiência energética e economia circular se complementam. Ambas compartilham o objetivo de maximizar o uso de recursos, reduzindo desperdícios e impactos ambientais. A eficiência energética minimiza o desperdício de energia, enquanto a economia circular elimina o desperdício de materiais. Juntas, elas garantem que os recursos sejam utilizados de forma mais inteligente ao longo de todo o ciclo de vida. Produtos projetados dentro de uma lógica circular também podem ser energeticamente eficientes, contribuindo para uma vida útil com menor pegada ambiental. Integrar essas abordagens favorece a redução das emissões de carbono e a pressão sobre ecossistemas naturais. Desde a produção até o descarte, cada etapa se torna mais sustentável.

Eficiência energética e economia circular são mais que conceitos isolados, em conjunto, elas formam uma base para a transição rumo a uma economia sustentável. Ao integrar essas estratégias, é possível criar um sistema que não apenas respeite o planeta, mas que também ofereça benefícios econômicos e sociais. Seja como indivíduos, empresas ou governos, todos podemos contribuir para a construção de um modelo econômico mais eficiente e circular.

Natalia Fochi – Gerente de Sustentabilidade da Reciclus

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Auxílio 2n6f32 Reclusão: Direito ou Privilégio? /2024/12/04/auxilio-reclusao-direito-ou-privilegio/ /2024/12/04/auxilio-reclusao-direito-ou-privilegio/#respond <![CDATA[noticia]]> Wed, 04 Dec 2024 23:42:23 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=90098 <![CDATA[
Valéria Lima O Auxílio-Reclusão é um benefício previdenciário que desperta debates acalorados e, muitas vezes, mal-entendidos. Por falta de informações claras, ele é erroneamente visto como um “prêmio ao crime”. No entanto, é fundamental esclarecer: o Auxílio-Reclusão não é pago ao preso, mas sim aos seus dependentes – pessoas que, na maioria dos casos, já enfrentam dificuldades […]]]>
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Valéria Lima

O Auxílio-Reclusão é um benefício previdenciário que desperta debates acalorados e, muitas vezes, mal-entendidos. Por falta de informações claras, ele é erroneamente visto como um “prêmio ao crime”. No entanto, é fundamental esclarecer: o Auxílio-Reclusão não é pago ao preso, mas sim aos seus dependentes – pessoas que, na maioria dos casos, já enfrentam dificuldades econômicas e sociais agravadas pela ausência do provedor familiar.

Para que o benefício seja concedido, é necessário cumprir uma série de requisitos rigorosos. Primeiramente, apenas os dependentes – como beneficiários, filhos menores de 21 anos e, em algumas situações, pais que comprovem dependência econômica – têm direito ao benefício. Além disso, uma pessoa presa precisa ter contribuído ao INSS por pelo menos 24 meses e seus últimos pagamentos antes da prisão não podem ter ultraado R$ 1.819,26, conforme a Portaria Interministerial vigente.

Outro ponto importante é que, caso o preso receba outras rendas, como salário, benefícios previdenciários ou pensão, o Auxílio-Reclusão não será concedido aos dependentes. Para manter o benefício, é necessário que os familiares apresentem periodicamente uma certidão comprovando o efetivo recolhimento e permanência do segurado no sistema prisional.

Essas regras tornam o Auxílio-Reclusão extremamente restritivo, desmistificando a ideia de que “qualquer preso” ou “todo bandido” teria o ao benefício. Na prática, ele funciona como uma medida de amparo social destinada a proteger filhos menores e beneficiários que dependiam financeiramente do seguro antes de sua prisão.

Sob um olhar humanitário, o Auxílio-Reclusão é um reflexo do princípio constitucional da intranscendência da pena, garantido no artigo 5º, inciso XLV, da Constituição Federal. Este princípio garante que nenhuma proteção ultrae a pessoa do condenado. Em outras palavras, os dependentes não podem ser penalizados pelos atos que foram presos. Assim, o benefício busca garantir que essas pessoas tenham ao menos condições mínimas de sobrevivência, evitando que caiam em uma situação ainda maior de vulnerabilidade social.

No entanto, o Auxílio-Reclusão enfrentou uma forte resistência social. A sociedade, em geral, tem uma visão punitiva sobre o crime, desejando que o condenado, e até mesmo aqueles ao seu redor, paguem por seus atos. Isso não reflete nenhum senso comum, que muitas vezes reclama por punições mais severas e critica qualquer benefício que envolva presos.

Esse olhar muitas vezes ignora as dificuldades enfrentadas pelas famílias dos detentos. Filhos e parceiros que dependiam financeiramente do seguro não cometeram crimes e, muitas vezes, sequer tinham conhecimento das ações que levaram à prisão. São pessoas que, de um dia para o outro, veem sua principal fonte de sustento desaparecer, precisando buscar alternativas, como o Bolsa Família, para sobreviver.

Socialmente falando, o senso comum tende a repudiar os presidiários, a sociedade não tolera o “erro” e tende a querer extinguir o ser humano que praticou o crime, o erro. A sociedade quer execrar o criminoso, por vezes muitos levantam sua voz para pedir “pena de morte”.

Existe um horror social pelo erro e pelo crime! Mesmo Jesus Cristo tendo nos esclarecido que a “vontade de Deus, seu Pai e nosso Pai “é a extinção do pecado e não do pecador”.

É importante lembrar que o Auxílio-Reclusão não é um “privilégio”, mas uma medida de justiça social destinada a proteger aqueles que não têm qualquer responsabilidade pelos atos do segurado. Além disso, seu impacto financeiro é limitado, considerando que o valor do benefício equivale a, no máximo, um salário-mínimo.

Em uma sociedade que preza pelos direitos humanos e pela justiça, o Auxílio-Reclusão cumpre um papel fundamental para garantir que famílias vulneráveis não sejam punidas por crimes que não cometeram. Ele não é, nem deve ser, um incentivo ao crime, mas sim um amparo às pessoas inocentes que dependem do seguro.

E você, o que pensa sobre o Auxílio-Reclusão? Trata-se de uma medida justa ou de um tema que precisa ser repensado?

Valéria Lima, advogada, coach, terapeuta e empresária

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/2024/12/04/auxilio-reclusao-direito-ou-privilegio/feed/ 0 90098
Contratação exclusiva para mulheres 2ya /2024/09/30/contratacao-exclusiva-para-mulheres/ /2024/09/30/contratacao-exclusiva-para-mulheres/#respond <![CDATA[noticia]]> Mon, 30 Sep 2024 17:38:11 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=88866 <![CDATA[
Byanca de Farias Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que, em 2023, o número de mulheres ocupadas no mercado de trabalho alcançou um recorde histórico, totalizando 43.380.636, superando os 42.675.531 registrados no ano anterior. Não é à toa que a diversidade e inclusão no ambiente laboral tornou-se um tema bastante relevante […]]]>
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Byanca de Farias

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que, em 2023, o número de mulheres ocupadas no mercado de trabalho alcançou um recorde histórico, totalizando 43.380.636, superando os 42.675.531 registrados no ano anterior. Não é à toa que a diversidade e inclusão no ambiente laboral tornou-se um tema bastante relevante no país nos últimos anos, especialmente no que diz respeito à equidade salarial entre homens e mulheres e ao o a cargos de alta gestão.

Como resposta, várias empresas têm adotado políticas para promover a igualdade de gênero e aumentar a participação das mulheres em diversos setores, entre elas a contratação exclusiva de mulheres. Porém, essa prática levanta questões sobre a sua legalidade.

De acordo com a legislação brasileira, a contratação exclusiva de mulheres é  permitida desde que vise reduzir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho e estimule a maior participação feminina. Essa ação, quando justificada de maneira razoável e destinada a promover a igualdade real, não é considerada discriminatória. Pelo contrário.  A Lei nº 14.611/2023 reforça essa posição ao garantir a igualdade entre os gêneros, estabelecida pelo artigo 5º da Constituição Federal, e ao prever instrumentos de transparência e averiguação interna para identificar e corrigir desequilíbrios salariais e critérios de remuneração.

Podemos citar como exemplo o setor de tecnologia, por muitos anos um ambiente predominantemente masculino, em que grandes empresas e startups têm criado vagas exclusivamente para mulheres, buscando reduzir a desigualdade e incentivar a presença feminina neste campo. Neste caso, a prática tem amparo da lei.

Entretanto, se a contratação exclusiva de mulheres for utilizada para promover estigmas de gênero, como a imposição de padrões de beleza para determinadas vagas, pode ser considerada discriminatória.

Não é só com o índice de  participação das mulheres no mercado de trabalho que as empresas devem se preocupar. Outro tema bastante relevante e que merece atenção é a equidade salarial. Ainda há um longo caminho a percorrer neste tópico. A edição de 2022 do estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil”, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que essa evolução ainda está nos estágios iniciais. Contudo, espera-se que a edição de 2025 já reflita os impactos positivos das medidas legais implementadas a partir de 2023.

A implementação de programas de diversidade, ações afirmativas e parcerias estratégicas são os fundamentais para alcançar maior  equidade  feminina no mercado de trabalho. Além de atender às exigências legais, essas iniciativas trazem benefícios tanto para a sociedade quanto para o sucesso das empresas.

Byanca de Farias é Advogada Trabalhista

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Nova legislação penaliza o produtor e isenta o Governo dos incêndios Florestais 304h2j /2024/09/26/nova-legislacao-penaliza-o-produtor-e-isenta-o-governo-dos-incendios-florestais/ /2024/09/26/nova-legislacao-penaliza-o-produtor-e-isenta-o-governo-dos-incendios-florestais/#respond <![CDATA[noticia]]> Thu, 26 Sep 2024 19:07:13 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=88811 <![CDATA[
Fernando Zanchet No último dia 20 de setembro, o Governo Federal deu mais um o para tentar se isentar da responsabilidade pelos crescentes incêndios florestais, promulgando o Decreto Presidencial n°. 12.189, que altera dispositivos do Decreto Federal n°. 6.514/2008. As mudanças mais notáveis dizem respeito à criação de novas infrações relacionadas ao uso do fogo, […]]]>
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Fernando Zanchet

No último dia 20 de setembro, o Governo Federal deu mais um o para tentar se isentar da responsabilidade pelos crescentes incêndios florestais, promulgando o Decreto Presidencial n°. 12.189, que altera dispositivos do Decreto Federal n°. 6.514/2008. As mudanças mais notáveis dizem respeito à criação de novas infrações relacionadas ao uso do fogo, com severas punições:

  1. Realizar queimadas em florestas nativas – multa de R$10.000,00 por hectare;
  2. Realizar queimadas em florestas plantadas – multa de R$5.000,00 por hectare;
  3. Não tomar as medidas preventivas exigidas pela legislação – multa de R$5.000,00 até R$10.000.000,00.

À primeira vista, essas medidas parecem um esforço legítimo para combater os incêndios mas, ao analisar mais de perto, nota-se que as duas primeiras multas não são exatamente uma inovação. Desde 1998, o uso de fogo em áreas rurais é considerado crime, e desde 1999, é classificado como infração istrativa. Portanto, essas punições já estavam previstas na legislação.

A grande novidade é a criação de uma terceira infração, que envolve a omissão em tomar medidas preventivas contra incêndios, com multas que variam entre R$5.000,00 e R$10.000.000,00. No entanto, essa medida surge como uma ação que parece visar o agronegócio de forma revanchista, além de dar a impressão de que o verdadeiro objetivo é desviar a responsabilidade do Governo.

As medidas preventivas, que variam de Estado para Estado, geralmente se limitam à criação de aceiros – faixas de terra limpas ao redor da propriedade, que servem como barreira para o fogo. Entretanto, a eficácia dessa medida é questionável. O tamanho autorizado para os aceiros é de apenas 6 metros de largura, insuficiente para impedir a propagação de incêndios de grande escala. Para exemplificar, não é incomum observar incêndios em ambos os lados de uma rodovia. E rodovias pavimentadas têm, muitas vezes, mais de 6 metros de largura e ainda assim não conseguem conter as chamas. Isso ilustra a fragilidade dessas medidas de prevenção.

Outra alteração significativa do decreto é a ampliação das condições de embargo de propriedades rurais, especialmente no caso de incêndios. Isso significa que, além de ter sua propriedade destruída pelo fogo, o produtor pode ser multado e ter sua área embargada, enfrentando sanções istrativas severas. Essa abordagem ignora o fato de que o produtor rural é, muitas vezes, uma das maiores vítimas dos incêndios, junto com o meio ambiente, e não o agressor.

O aumento das multas e a dificuldade em determinar a responsabilidade pelos incêndios certamente trarão consequências negativas para os produtores. Na prática, será mais fácil culpar o proprietário do imóvel do que punir efetivamente quem provocou o incêndio, seja por negligência, como no caso de uma bituca de cigarro jogada na beira de uma rodovia, ou por outros fatores que fogem ao controle direto do produtor.

Enquanto as penalizações ao setor do agronegócio se intensificam, os investimentos em estrutura para combater os incêndios continuam aquém do necessário. Embora o Governo Federal tenha anunciado um aumento de 118% no efetivo para combate aos incêndios – de 1.600 para 3.500 profissionais – esse número é insignificante diante das dimensões territoriais do Brasil. O país abriga a maior floresta tropical, além da maior planície alagada do mundo e conta com mais de 7 milhões de propriedades rurais cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso equivale a aproximadamente 2.000 propriedades para cada profissional contratado pelo governo.

Além da carência de pessoal, os equipamentos disponíveis são insuficientes. De acordo com o presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, o Brasil possui cerca de 2.600 aeronaves privadas utilizadas para pulverização agrícola, mas apenas 20 estão adaptadas para combate a incêndios. O IBAMA conta com apenas 30 aeronaves, sendo que algumas delas são usadas para transporte de pessoas e não para o combate direto ao fogo.

Os incêndios que enfrentamos hoje, assim como a falta de estrutura para combatê-los, são fruto de pelo menos duas décadas de gestão pública inadequada. Não é justo atribuir toda a responsabilidade ao Governo Federal atual, tampouco jogar o peso desse problema nas costas dos produtores rurais. A pergunta que devemos nos fazer é: essas novas regras realmente protegem o meio ambiente, ou servem apenas como uma forma de isentar os verdadeiros responsáveis, penalizando aqueles que trabalham arduamente para sustentar o país?

O debate é complexo e exige soluções estruturais, que incluam desde investimentos em prevenção e combate a incêndios até uma abordagem mais justa e equilibrada na responsabilização pelos danos causados. Afinal, proteger o meio ambiente é uma responsabilidade de todos, e não apenas daqueles que estão no campo.

Fernando Zanchet, advogado atuante no setor do Agronegócio

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Vantagem competitiva com governança IA 292o3u /2024/09/19/vantagem-competitiva-com-governanca-ia/ /2024/09/19/vantagem-competitiva-com-governanca-ia/#respond <![CDATA[noticia]]> Thu, 19 Sep 2024 12:34:38 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=88696 <![CDATA[
Felipe Nascimento Quando o assunto é inteligência artificial (IA), o debate frequentemente gira em torno dos limites éticos e de segurança desse avanço tecnológico. De um lado, há quem defenda uma evolução rápida e sem restrições, argumentando que o compliance rigoroso pode resultar em  sérias consequências. De outro, há a visão de que o uso […]]]>
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Felipe Nascimento

Quando o assunto é inteligência artificial (IA), o debate frequentemente gira em torno dos limites éticos e de segurança desse avanço tecnológico. De um lado, há quem defenda uma evolução rápida e sem restrições, argumentando que o compliance rigoroso pode resultar em  sérias consequências. De outro, há a visão de que o uso responsável dessa tecnologia é fundamental para assegurar o respeito aos direitos humanos, a transparência nos negócios, a conformidade com as leis vigentes, a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo.

No início deste ano, a Europa se destacou como pioneira na regulamentação da IA ao implementar uma legislação abrangente conhecida como AI Act. Assim como ocorreu com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é provável que essa iniciativa inspire o Brasil a criar um marco regulatório similar. A expectativa é de que o Projeto de Lei 21/20, que já está em discussão, contemple a proteção dos direitos dos cidadãos, com ênfase na privacidade e inclusão, além de abordar temas como fiscalização, monitoramento, classificação de risco, verificação de violações e fomento à inovação e competitividade. O objetivo é equilibrar a defesa desses princípios com a promoção de novas possibilidades de pesquisa e aplicações, evitando a estagnação do desenvolvimento tecnológico.

Além dos benefícios sociais, um processo eficiente de governança da IA pode trazer vantagens comerciais. Segundo um relatório da Twilio, 89% dos entrevistados acreditam que o uso ético da IA pode ser uma vantagem competitiva. Nesse cenário de mudanças dinâmicas, é essencial que as organizações estejam em conformidade com as questões fundamentais relacionadas ao uso da IA.

Aspectos como segurança de dados, transparência e conformidade com as legislações existentes são importantes, mas não tão desafiadores quanto questões menos discutidas, como a auditoria regular de vieses, que deve ser aplicada de maneira justa e equitativa. Além disso, é crucial utilizar conjuntos de dados diversos e representativos no treinamento dos modelos de IA, o que ajuda a reduzir vieses e a melhorar a equidade nos resultados.

À medida que essas práticas são adotadas, as empresas podem ir além do seu escopo individual e contribuir com a sociedade por meio da colaboração com governos, ONGs, acadêmicos e outras partes interessadas. Essa cooperação é fundamental para o desenvolvimento e a adoção de melhores práticas e padrões éticos. Para garantir a conformidade com essas práticas e otimizar o uso da IA, é essencial investir na educação e capacitação dos funcionários e do público sobre o uso responsável da tecnologia. Isso promove a evolução da IA de forma ética e eficaz.

Para uma implementação mais eficaz dessa abordagem, os gestores podem adotar frameworks que sirvam como guias para o uso responsável da IA. Isso inclui a criação de códigos de conduta para o desenvolvimento de novas soluções, a formação de comitês de ética, o estabelecimento de políticas de privacidade robustas e a manutenção de documentação detalhada.

Em suma, é fundamental que as organizações compreendam que o uso responsável e ético da IA não é um obstáculo às suas estratégias de inovação. Pelo contrário, práticas éticas e transparentes no desenvolvimento e implementação de IA podem impulsionar áreas como a tomada de decisões mais assertivas e a melhoria da experiência do cliente. Além disso, essa abordagem prepara as empresas para estarem em conformidade com futuras regulamentações, garantindo a segurança, a privacidade e a equidade no uso da tecnologia.

Felipe Nascimento é Gerente de Projetos e Especialista em Processos e Governança de Dados 

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Tributação versus solidariedade 1j5s3h /2024/08/30/tributacao-versus-solidariedade/ /2024/08/30/tributacao-versus-solidariedade/#respond <![CDATA[noticia]]> Fri, 30 Aug 2024 17:45:48 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=88330 <![CDATA[
Carmem Murara A discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, inserido no contexto da reforma tributária brasileira, trouxe à tona questões relevantes para o setor filantrópico do país. Esse segmento, vital para o desenvolvimento social e a diminuição das desigualdades, poderia enfrentar sérias dificuldades caso suas especificidades e necessidades não fossem consideradas. A […]]]>
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Carmem Murara

A discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, inserido no contexto da reforma tributária brasileira, trouxe à tona questões relevantes para o setor filantrópico do país. Esse segmento, vital para o desenvolvimento social e a diminuição das desigualdades, poderia enfrentar sérias dificuldades caso suas especificidades e necessidades não fossem consideradas. A natureza das entidades filantrópicas, que operam sem fins lucrativos e com a missão de atender comunidades vulneráveis e de promover bem-estar social, exige uma atenção particular no desenho de políticas tributárias.

Foram meses de intensa mobilização do setor filantrópico em busca de sensibilizar sobre os possíveis impactos da reforma nessa prestação de serviços, mostrando como essas instituições desempenham um papel crucial nos cuidados de saúde, educação e assistência social. Atualmente, mais de 365 mil crianças e jovens de baixa renda são beneficiados com bolsas de estudo, além de 60% dos atendimentos do SUS serem feitos em hospitais filantrópicos e Santas Casas. São mais de 27 mil instituições sem fins lucrativos que prestam serviços gratuitos em todo o país, gerando 1,6 milhão de empregos diretos, segundo o Ministério do Trabalho.

A primeira etapa foi vencida na Câmara, com alterações importantes no texto da proposta, mas é preciso que agora o Senado também entenda que é essencial manter esse olhar para o setor sem tornar mais onerosa a operação das instituições filantrópicas. A filantropia é cláusula pétrea da Constituição brasileira e ela garante a destinação de recursos aos mais vulneráveis. A redução dessas garantias iria significar um retrocesso. Entidades que atuam em áreas cruciais poderiam ser forçadas a diminuir ou até mesmo cessar suas operações, e o impacto negativo seria imediato, atingindo diretamente as populações mais vulneráveis.

Ao buscar simplificar e aumentar a arrecadação, com a proposta original, o governo iria , inadvertidamente, onerar as organizações filantrópicas. O aumento de tributos, ainda que indiretos, sobre essas entidades reduziria sua capacidade financeira, limitando a sua atuação e a oferta de programas essenciais. Em um cenário onde o Estado já enfrenta dificuldades para atender às demandas sociais, as organizações filantrópicas são um alicerce indispensável. Assim, impor maiores tributos sobre essas entidades seria um contrassenso, agravando ainda mais as desigualdades e a precariedade dos serviços sociais. Essa carga adicional desviaria esforços e recursos que poderiam ser mais bem empregados em projetos e serviços comunitários, prejudicando a eficiência e a eficácia das operações filantrópicas.

Além disso, precisamos o quanto antes retomar a clareza sobre o futuro das imunidades, isenções e benefícios fiscais para evitar que isso possa reduzir o fluxo de doações e investimentos no setor filantrópico, comprometendo sua sustentabilidade e capacidade de impacto. A previsibilidade e a segurança jurídica também são fundamentais para o planejamento e para a captação de recursos em longo prazo. Investidores e doadores, tanto nacionais quanto internacionais, se sentiriam desencorajados a apoiar organizações que operam em um ambiente regulatório instável.

É urgente que os legisladores mantenham suas posições e considerem as consequências adversas que a eliminação de imunidades, o aumento da oneração fiscal, a burocratização excessiva e a incerteza jurídica poderiam trazer para essas organizações que desempenham um papel insubstituível. Qualquer medida que coloque em risco sua operação e sustentabilidade deve ser reavaliada com o devido cuidado e responsabilidade.

A reforma tributária deve, acima de tudo, promover um ambiente que fortaleça e amplie a capacidade das entidades filantrópicas de continuar seu trabalho vital na construção de uma sociedade mais igualitária. A questão, desde o início, sempre foi  a busca por um olhar cuidadoso para aqueles que o Estado nem sempre alcança. E não podemos perder isso de vista.

Carmem Murara é diretora de Relações Institucionais e Governamentais

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Celebrando o Dia dos Pais com sabor e amor 4z5m6 /2024/08/10/87962/ /2024/08/10/87962/#respond <![CDATA[noticia]]> Sat, 10 Aug 2024 13:04:45 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=87962 <![CDATA[
Lenissa Rodrigues Neste próximo domingo, 11 de agosto, celebramos o Dia dos Pais, uma data que nos convida a refletir sobre os laços que nos unem àqueles que, com tanto amor e dedicação, nos guiaram ao longo da vida. Quando penso nos momentos mais especiais que compartilhei e ainda compartilho com meu pai, as constantes […]]]>
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Lenissa Rodrigues
Neste próximo domingo, 11 de agosto, celebramos o Dia dos Pais, uma data que nos convida a refletir sobre os laços que nos unem àqueles que, com tanto amor e dedicação, nos guiaram ao longo da vida. Quando penso nos momentos mais especiais que compartilhei e ainda compartilho com meu pai, as constantes sempre se destacam: exemplo, amizade e a comida.
Cresci em uma casa onde a mesa era o centro das atenções. Não importava o quão ocupados estávamos, o almoço ou jantar em família era sagrado. Meu pai, com seu jeito sereno e sorriso acolhedor, sempre faz questão comer algo especial nos domingos. Foi com ele que aprendi a empreender e a amar. Ele diz que a comida é uma linguagem de amor, uma forma de expressar o que as palavras muitas vezes não conseguem. Lembro-me da minha mãe preparando sua receita favorita de lasanha, com camadas e mais camadas de afeto, cada uma temperada com carinho e paciência. Sentávamos à mesa e, entre uma garfada e outra, ríamos, conversávamos e criávamos memórias que até hoje aquecem meu coração.
Neste Dia dos Pais, quero convidar a todos a reviver essas memórias, ou a criar novas, ao redor de uma mesa cheia de sabor e emoção. Na correria do dia a dia, muitas vezes deixamos ar a oportunidade de dizer “eu te amo” de maneira simples e genuína, e a comida tem esse poder de unir e fortalecer nossos laços mais preciosos.
Se seu pai está presente, que este seja o momento de preparar aquela receita que ele tanto gosta, ou de sair para comer juntos, e de compartilhar histórias e de renovar os votos de afeto que, por vezes, ficam em segundo plano na rotina. Se, você já não tem seu pai por perto, que este seja um dia para relembrar os momentos doces que viveram juntos, talvez provando uma de suas receitas favoritas e sentindo o calor das memórias em cada prato.
Acredito que a comida italiana tem um toque especial quando se trata de reunir famílias, por isso criei o Filipo. Um Fast Food italiano onde cada opção do cardápio tem um pouco de tradição, sabor, mas, sobretudo, história. Cada prato é uma homenagem às nossas raízes e ao amor que é ado de geração em geração. Neste Dia dos Pais, permita-se celebrar esses momentos de união e afeto.
Espero que, no próximo domingo, todos possam se reunir com seus pais, estejam eles aqui ou guardados no coração, e que a mesa esteja farta não apenas de comida, mas de risos, lembranças e muito amor. Feliz Dia dos Pais!
Lenissa Rodrigues é empresária
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/2024/08/10/87962/feed/ 0 87962
Um convite à reflexão e à transformação 1o3l67 /2024/08/10/um-convite-a-reflexao-e-a-transformacao/ /2024/08/10/um-convite-a-reflexao-e-a-transformacao/#respond <![CDATA[noticia]]> Sat, 10 Aug 2024 13:02:04 +0000 <![CDATA[Opinião]]> /?p=87959 <![CDATA[
Soraya Medeiros Cada novo dia é um presente divino, uma página em branco pronta para ser preenchida com nossas ações, pensamentos e escolhas. Este presente, contudo, não deve ser entendido como uma oportunidade de esquecer o que ou, mas sim como uma chance de integrar as lições do ado ao presente, moldando nosso futuro com […]]]>
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Soraya Medeiros

Cada novo dia é um presente divino, uma página em branco pronta para ser preenchida com nossas ações, pensamentos e escolhas. Este presente, contudo, não deve ser entendido como uma oportunidade de esquecer o que ou, mas sim como uma chance de integrar as lições do ado ao presente, moldando nosso futuro com sabedoria. Aqui, o papel do livre-arbítrio se torna central, pois é por meio de nossas escolhas que determinamos como essa página será escrita.

A página em branco representa o potencial ilimitado de um novo começo. Cada amanhecer nos oferece a possibilidade de recomeçar, de corrigir erros, de explorar novas possibilidades, de criar algo significativo. Este conceito de renovação diária é um dos maiores presentes que Deus nos dá, lembrando-nos que, independentemente dos erros do ado, sempre temos a chance de reescrever nossa história.

Mas esse recomeço não significa apagar o que ou. Pelo contrário, é na junção do novo com o antigo que encontramos a sabedoria necessária para avançar. Assim como um escritor que, ao começar um novo capítulo, leva em consideração o que já foi escrito, também devemos honrar o que vivemos, aprendendo com as experiências que nos formaram.

O livre-arbítrio é a capacidade que temos de tomar decisões por conta própria, de escolher os caminhos que desejamos seguir. Em cada dia, em cada página em branco que Deus nos concede, somos desafiados a fazer escolhas que determinarão o rumo de nossa história. Essas escolhas, grandes ou pequenas, são o que definem o conteúdo de nossas páginas e, por conseguinte, a narrativa de nossa vida.

A liberdade de escolha é um dom sagrado que nos permite escrever uma história única, porém, com essa liberdade vem a responsabilidade. Cada decisão que tomamos, cada caminho que escolhemos, carrega consigo consequências que reverberam em nosso futuro. Assim, o livre-arbítrio não é apenas uma bênção, mas também um convite à reflexão, à prudência e ao autoconhecimento.

O ado nos ensina, o presente nos desafia, e o futuro nos inspira. Ao exercermos nosso livre-arbítrio, estamos constantemente navegando entre essas três dimensões. Nossas escolhas de hoje são informadas pelas lições do ado e moldam as possibilidades do futuro. Portanto, a integração entre esses três aspectos da existência é fundamental para uma vida plena e significativa.

Ao entendermos que cada página em branco é uma continuação de uma narrativa maior, percebemos que nossas escolhas não devem ser tomadas de maneira leviana. Ao invés disso, devemos abraçar o ado, reconhecer suas lições e, a partir disso, usar nosso livre-arbítrio para fazer escolhas que ressoem com nossos valores mais profundos e com o propósito que Deus tem para nossas vidas.

A página em branco que Deus nos dá todos os dias é uma bênção inestimável, mas é o livre-arbítrio que nos permite preencher essa página com significado. Nunca devemos esquecer o ado, pois ele é o alicerce que nos permite tomar decisões mais sábias no presente. A vida é uma jornada onde nossas escolhas, guiadas pela fé e pela reflexão, determinam a qualidade da narrativa que estamos escrevendo. Ao integrarmos ado, presente e futuro, e ao utilizarmos nosso livre-arbítrio com consciência, podemos escrever uma história de vida que seja rica em propósito e alinhada com os desígnios divinos.

*Soraya Medeiros é jornalista

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